Seguidores

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

O que a psicologia tem a dizer sobre as ocupações das escolas?


O que a psicologia tem a dizer sobre as ocupações das escolas?

   Por muito tempo a psicologia priorizou as questões clínicas e de saúde do ser humano,
principalmente, por influencias da Psicanálise  que considerava que ao tratar o sujeito era necessário considerar sua individualidade e seus aspectos psíquicos, com isso muitos autores elaboraram suas teorias voltados para a subjetividade do sujeito.
   Com a introdução de autores que trabalhavam com grupos a psicologia pode-se voltar para questões sociais, mas percebe-se que na prática os psicólogos tem pouca participação em movimentos sociais, como se o lugar do psicólogo fosse ainda voltado somente para os aspectos clínicos do individuo
   Sobre as ideologias, atualmente, percebe-se que as pessoas perderam suas figuras de autoridade que estavam presentes nas instituições, como exemplo a igreja que já teve grande papel na formação da moral do ser humano e que hoje não acontece com tanta frequência comparada a época da  Idade Média. Com o fim das figuras de autoridades, as pessoas ficaram sem ideais e sem causas para se lutarem, ainda aparecem movimentos sociais na época da ditadura, mas de alguns anos pra cá eles perdem força, e retornam em 2014, 2015 contra o governo atual, recentemente surgem novos movimentos elaborados por estudantes em 2016, a causa é nobre, eles lutam pela o futuro da educação desse país.
    Esse texto não possui objetivo de se posicionar a respeito do governo Temer, contudo é importante compreender o que é a PEC 241,  que irá congelar os gastos relacionados a educação por 20 anos; Segundo o site Adufop: "O Poder Executivo apresentou ao Congresso Nacional, no último dia 15 de junho, a PEC 241/2016, Proposta de Emenda à Constituição cujo objetivo é o de instituir um novo regime fiscal para o país. O alicerce central da proposta está baseado no estabelecimento do chamado “novo teto para o gasto púbico”. Esta PEC causará impacto sobre diversas gerações, e o movimento elaborado por professores e estudantes contra essa PEC e a reforma da escola sem partido demonstram um protagonismo por parte da nossa juventude.
  Segundo o autor Vargas (2011): é necessário compreender o jovem como ser de direitos e compreender que o poder público não investe neste jovem como deveria, o autor ainda relata da importância de ouvirmos os jovens para que sejam autores da suas próprias histórias, através deste protagonismo eles poderão superar a violência,  tão comum no contexto social de jovens que residem em comunidades.
  Um exemplo deste protagonismo é o discurso de Ana Júlia, é uma de suas falas ela diz que as mãos dos deputados estão machadas de sangue, concordo com ela, no sentindo que o Estado tem dever de zelar pelas nossas crianças e adolescentes. Discurso de Ana Júlia:" Eu peço desculpa, mas o ECA [Estatuto da Criança e do Adolescente] nos diz que a responsabilidade pelos nossos adolescentes, pelos nossos estudantes é da sociedade, da família e do Estado”.
Conclui-se que o capital sempre irá falar mais alto diante dos direitos sociais segundo o ponto de vista do estado. Mas, me sinto satisfeita de perceber o quanto os jovens estão sendo protagonistas de suas próprias histórias, ensinando muito para nós profissionais da psicologia  que devemos sempre apoiar o protagonismo de nossa juventude, para que eles possam construir um Brasil melhor.

Nilse da Costa




Nenhum comentário:

Postar um comentário